LER/DORT no Setor Bancário: 4 Direitos Fundamentais

ente dores nos punhos, costas ou ombros devido ao trabalho repetitivo? Bancários são os mais afetados. Descubra os 4 direitos trabalhistas que garantem afastamento, tratamento e recuperação com segurança jurídica.
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Dores recorrentes nos punhos, tensão na coluna e formigamento nos dedos não são meros desconfortos.

Esses sinais podem indicar LER ou DORT, cada vez mais frequentes no setor bancário em razão da repetitividade das tarefas e da elevada exigência operacional.

A legislação e os órgãos de saúde ocupacional reconhecem essas enfermidades como doenças relacionadas ao trabalho, assegurando ao trabalhador proteção jurídica e previdenciária voltada ao tratamento.

Neste artigo, serão apresentados os principais aspectos relacionados à LER e à DORT no contexto bancário: como identificar os sinais iniciais, os direitos trabalhistas assegurados ao profissional afetado, com foco na proteção da saúde e na preservação dos direitos legais.

1. O que são LER e DORT?

LER e DORT são doenças relacionadas ao trabalho que atingem músculos, tendões, ligamentos e nervos.

A diferença entre os dois termos está no enfoque:

  • LER: termo mais antigo, que destaca a repetição excessiva de movimentos como causa principal.

  • DORT: conceito mais moderno, que inclui não apenas movimentos repetitivos, mas também problemas causados por posturas inadequadas, esforço excessivo e fatores psicossociais, como estresse no ambiente de trabalho.

No setor bancário, a combinação de digitação constante, uso do mouse, longos períodos sentado e movimentos repetitivos coloca os trabalhadores em risco.

2. Sinais de alerta que você não pode ignorar

O corpo dá sinais claros quando algo não está bem. Muitas vezes, a dor começa leve e as pessoas a confundem com cansaço.

Ignorar esses sinais pode transformar um problema temporário em uma limitação permanente.

Fique atento a sintomas como:

  • Dor localizada e persistente: punhos, antebraços, ombros, pescoço ou região lombar.

  • Formigamento ou dormência: especialmente nas mãos e dedos, muitas vezes ao acordar ou ao usar ferramentas ou o computador.

  • Fadiga muscular incomum: dificuldade para executar tarefas que antes eram simples.

  • Rigidez e dificuldade de movimento: articulações “travadas”, principalmente pela manhã ou após pausa prolongada.

  • Sensibilidade ao frio: áreas afetadas doem ou formigam mais em ambientes com ar-condicionado.

  • Perda de força ou precisão: derrubar objetos com frequência ou dificuldade para digitar ou contar dinheiro.

Se esses sintomas aparecem com regularidade, é fundamental buscar diagnóstico médico imediato com ortopedista, reumatologista ou médico do trabalho.

3. A conexão entre LER/DORT e o esgotamento mental

A dor física não se limita ao corpo, ela afeta toda a dinâmica emocional e profissional do bancário.

Isso ocorre porque a rotina bancária impõe metas rigorosas, pressiona por resultados e mantém um ritmo intenso de atendimento e processamento de informações.

Quando o trabalhador passa a conviver com dor contínua nos ombros, cotovelos, punhos ou coluna, tarefas simples, como digitar, atender clientes ou utilizar sistemas, tornam-se progressivamente difíceis.

Mesmo assim, ele ainda precisa manter produtividade, metas e qualidade no atendimento.

4. A lei a seu favor: 4 direitos fundamentais

Quando a doença é reconhecida como ocupacional, o trabalhador passa a ter acesso a direitos que protegem sua saúde e garantem estabilidade:

  1. Auxílio-doença acidentário pelo INSS: Com a confirmação médica e perícia do INSS, você pode se afastar do trabalho sem perder renda.
  2. Estabilidade provisória de 12 meses: quando o afastamento supera 15 dias, a lei garante que o trabalhador não pode ser demitido sem justa causa pelos 12 meses seguintes ao retorno.
  3. Ação por danos morais e materiais: quando condições inadequadas, como falta de mobiliário ergonômico, jornadas prolongadas sem pausas ou cobrança excessiva de metas, causam ou agravam a doença, o trabalhador pode pleitear indenização por danos morais e materiais..
  4. Reconhecimento do nexo técnico: O nexo técnico estabelece formalmente a relação entre a doença e suas atividades laborais.

A aplicação desses direitos exige análise detalhada do caso, documentação médica adequada e comprovação das condições de trabalho.

5. Conclusão

LER e DORT são doenças ocupacionais sérias e, quando não tratadas e acompanhadas corretamente, podem gerar limitações permanentes e impactos profundos na vida profissional e pessoal do bancário.

Reconhecer os sinais precoces, buscar atendimento médico qualificado e documentar corretamente a evolução do quadro são passos essenciais para preservar sua saúde e seus direitos.

Além disso, por se tratar de uma situação que envolve saúde, perícia médica, nexo causal e legislação trabalhista e previdenciária, a condução adequada do caso exige atenção técnica.

Cada situação possui particularidades, e uma orientação jurídica especializada pode ser determinante para garantir o acesso correto aos benefícios legais e evitar prejuízos futuros.

Há mais de 25 anos no Direito Bancário, atuamos com a profundidade técnica e o rigoroso sigilo necessários para analisar e responder às suas dúvidas, garantindo uma orientação com total clareza e responsabilidade profissional.

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